quinta-feira, 23 de abril de 2009

Investigador da UM quer desviar variante do novo hospital das Sete Fontes

A notícia, cujo título é o mesmo deste post, está na ediçao em papel da passada terça-feira (21 de Abril) do Jornal Académico. Replica um trabalho do Diário do Minho publicado a 10 deste mês.

Vem reproduzida no Forum Bracarae-Auguste, e pode ser acedida através deste link.

Em resumo:

Cidadao sueco a viverm em Braga há cinco anos tornou-se um defensor do Complexo Monumental das Sete Fontes, apresentando agora uma porposta para a variante de Gualtar que preserve o monumento.


Eis o texto completo:

A atenção da sociedade civil bracarense continua centrada na defesa do complexo monumental das Sete Fontes.
A pressão que os cidadãos vêm colocando sobre o poder político é cada vez mais acentuada e um blogger de nacionalidade sueca com ligações à Universidade do Minho acaba de tomar uma iniciativa sem precedentes.
Avançou com uma proposta alternativa ao traçado defendido pela Câmara de Braga para a futura variante de Gualtar.
A solução, que é «integralmente subscrita» pela Junta de Freguesia de S. Victor, prevê uma solução rodoviária alargada e visa corrigir os erros que têm sido apontados ao traçado defendido pelo município.
O autor da solução alternativa à proposta pela Câmara de Braga tem nacionalidade sueca, é bolseiro-investigador da Universidade do Minho e foi um dos bloggers que participou na denúncia que o fórum “Bracarae Augustae” protagonizou sobre as implicações negativas para o complexo monumental oitocentista da eventual concretização do projecto imobiliário que a JSQimo tem em mente para as Sete Fontes.
Johan Veiga Benesch é conhecido da Junta de Freguesia de S. Lázaro, que se revê «inteiramente» na proposta de solução que o cidadão sueco acaba de dirigir ao Ministério da Cultura, à Direcção Regional de Cultura do Norte, ao Investigador sueco avança com proposta para as Sete Fontes Sociedade civil coloca pressão na defesa do património de Braga Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, ao Ministério do Ambiente, à Câmara Municipal de Braga, à Junta de Freguesia de S. Lázaro e à associação Jovem Cooperante Natureza/ Cultura.
Na proposta, a que o Diário do Minho teve acesso, Johan Veiga Benesch propõe que a variante que vai ligar o novo hospital de Braga à Variante do Cávado seja desviada das áreas sensíveis do complexo das Sete Fontes.
Embora aproveitando parte do traçado defendido pela autarquia bracarense, a solução alternativa desvia a variante das áreas em que poderão ser destruídas partes do complexo classificado como monumento nacional e colocar em risco o sítio da Idade do Bronze, descoberto no âmbito das obras do futuro hospital universitário.
A proposta do investigador sueco tem ainda em conta o traçado apontado no Plano Director Municipal de 2000 e o desenho projectado na revisão de 2008.
«A minha sugestão inclui ainda um troço para ligar o hospital à Variante do Fojo e à ligação da Estrada Nacional 103 com o Caminho Municipal 1290, em Gualtar », precisa o bolseiro-investigador da Universidade do Minho (UM), que vive em Braga há cerca de 5 anos.
O especialista em bio-materiais não esconde a sua admiração pelo complexo das Sete Fontes e revela que esteve presente na marcha que a autarquia de S. Victor promoveu, em defesa do monumento de interesse nacional.
Ressalvando que a sua iniciativa foi assumida «apenas enquanto cidadão e não como investigador da UM», Johan Benesch não deixa de sublinhar, na missiva enviada às instituições da Administração Central e Local, que «uma Avaliação de Impacte Ambiental pode não ter muito valor para a tomada de decisão, se não houver projectos alternativos que permitam um termo de comparação».
«A qualidade de uma avaliação depende claramente de como a pergunta é feita e das alternativas em estudo», continua a exposição, que pretende «contribuir positivamente para o debate sobre a defesa e preservação das Sete Fontes ».
O bolseiro-investigador refere também que a opção pelo traçado alternativo representa «uma possibilidade para a Câmara de Braga melhorar a qualidade de vida das populações da zona e dos bracarenses em geral».
E conclui que «[a zona] das Setes Fontes constitui um dos últimos espaços que pode ser aproveitado na área urbana para a criação de um parque de lazer».
Essa é também a visão da Junta de Freguesia de S. Victor, que se revê «integralmente » na proposta saída da sentimento cívico.
Firmino Marques revelou conhecer o traçado concreto e referiu que o desenho avançado pelo cidadão sueco residente em Braga «coincide com o que foi defendido pela Junta e pela população de S. Victor», aquando da discussão pública realizada na sede da autarquia a que preside.
«Temos pena é que a Câmara de Braga permaneça insensível às nossas propostas e às inquietações crescentes que saem da consciência cívica dos bracarenses», comenta o autarca da coligação “Juntos por Braga”.

Joaquim Martins Fernandes/Diário do Minho.


Pelas indicações que recolhemos junto de responsáveis da JovemCoop, este investigador é a mesma pessoa que traçou ao pormenor no Googlemaps.com o Complexo Monumental das Sete Fontes. Pode aceder-se através deste link.

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